As investigações do crime de extorsão mediante sequestro de um empresário, ocorrido no mês de maio em Várzea Grande, foram concluídas pela Polícia Civil, nesta semana, com o indiciamento de quatro pessoas envolvidas, identificadas nas investigações da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO).
O inquérito policial foi concluído na segunda-feira (19.06) pelo delegado Wilson Cibulskis Júnior, com indiciamento dos investigados pelos crimes de cárcere privado, extorsão mediante sequestro e integrar organização criminosa.
Também apontado como um dos envolvidos no crime, o quinto suspeito, Daniel Vitor Conde da Cruz, de 37 anos, foi localizado no cativeiro, ocasião em que entrou em confronto com policiais militares e foi a óbito no Pronto-Socorro municipal.
Com base nas investigações foram expedidos no dia 16 de junho mandados de prisão preventiva contra três suspeitos., que foram devidamente cumpridos pela equipe da GCCO.
Sequestro
O crime de extorsão mediante sequestro do empresário de 41 anos, ocorreu no dia 07 de maio, ocasião em que a vítima foi levada de sua residência, junto com a esposa, que depois foi liberada pelos criminosos.
O cativeiro onde a vítima foi mantida era uma casa no bairro Novo Mundo, em Várzea Grande. O empresário foi torturada pelos criminosos, que exigiam da família a quantia de 2 milhões de reais como pagamento.
O empresário foi encontrado com mãos e pés amarrados, vendado e amordaçado. Nos fundos da casa foi aberta uma cova, onde os criminosos torturavam a vítima dizendo que iam enterrá-la no local.
Investigações
As investigações da GCCO tiveram início na primeira quinzena de maio, sendo identificado o envolvimento do ex-funcionário da empresa, Daniel (morto no confronto com a Polícia Militar), sendo iniciadas o levantamento de informações que ajudasse a localizá-lo, além da busca de imagens e quaisquer informações que pudesse levar ao cativeiro.
Durante as investigações foi possível identificar o envolvimento dos outros quatro suspeitos, sendo cumpridos mandados de prisão temporária e busca e apreensão contra os investigados em duas fases da Operação Cupiditas, em que foram apreendidos elementos que auxiliaram no esclarecimento do crime.
Nos trabalhos, foi identificada a motocicleta Honda Fan, utilizada por um dos investigados. O veículo foi reconhecido por testemunhas no local de crime, além do suspeito ter sido visto próximo ao local do primeiro cativeiro no dia 08 de maio. Interrogado, o suspeito confessou o envolvimento no crime, e deu detalhes da participação dos demais comparsas, revelando também que fugiu para Mato Grosso do Sul após os fatos.
Outro suspeito foi apontado como dono do veículo Toyota Corolla utilizado na prática do crime, sendo também foi identificada sua presença na casa onde foi o primeiro cativeiro da vítima. Ele também teria contatado o seu primo para dar apoio ao crime. O quarto identificado teve os documentos localizados no segundo cativeiro, além de ter sido reconhecido pelas vítimas como um dos autores do sequestro.
O delegado responsável pelas investigações, Wilson Cibulskis, destaca que nas investigações ficou claro que os investigados se organizaram com nítida divisão de tarefas para a prática dos crimes de sequestro, praticado contra a esposa da vítima, e extorsão mediante sequestro praticado contra o empresário.
“Considerando o planejamento, divisão de tarefas entre os envolvidos, fica claro a constituição de uma verdadeira organização criminosa para a prática dos crimes”, disse o delegado.
A Justiça determinou nesta terça-feira (14) que o empresário e investigador da Polícia Civil, Walter Luís da Silva Matos, conhecido como “Waltinho Produções”, passe a usar tornozeleira eletrônica após ser acusado de agredir e ameaçar a ex-esposa em Cuiabá. A decisão foi tomada pelo juízo da 1ª Vara Especializada de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher.
A Delegacia Especializada de Defesa da Mulher (DEDM) havia solicitado a prisão do empresário, mas o pedido foi negado. Em vez disso, a Justiça concedeu medidas protetivas, como o botão do pânico e o acompanhamento da Patrulha Maria da Penha à vítima.
O caso está sob investigação e também é acompanhado pela Corregedoria-Geral da Polícia Civil, já que o acusado integra a corporação.
Segundo o boletim de ocorrência, a vítima acionou a Polícia Militar no último dia 10 de outubro, afirmando ter sido agredida e ameaçada por Walter. Quando os policiais chegaram ao local, o empresário já havia deixado a residência.
Posteriormente, um vídeo passou a circular nas redes sociais, mostrando a mulher tentando retirar uma arma das mãos do ex-companheiro durante a discussão. Walter alegou ter sido atingido na cabeça por uma pedra, enquanto a ex-esposa afirmou ter recebido mensagens ameaçadoras antes do confronto.
Não é a primeira vez que o empresário é denunciado por violência doméstica. Em janeiro deste ano, ele já havia sido acusado de agredir a mesma mulher, à época sua companheira, no estado de Goiás.
Walter é proprietário da casa de shows Lua Morena, uma das mais conhecidas da capital mato-grossense.
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