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UNANIMIDADE

TJ nega recurso de José Riva e mantém penhora de sete imóveis para quitar dívida milionária

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Por unanimidade, a Primeira Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de Mato Grosso decidiu manter a penhora de sete imóveis do ex-deputado estadual José Riva, localizados em Juara (MT). A decisão foi publicada nesta segunda-feira (21) e tem como relator o desembargador Sebastião Barbosa Farias.

A medida judicial foi imposta no âmbito de uma ação de execução movida pelo empresário Francisco Carlos Ferres, o Chico Badotti, que cobra de Riva a quantia de R$ 820 mil — valor já atualizado para mais de R$ 1 milhão.

A penhora foi determinada originalmente pela 3ª Vara Cível de Cuiabá após Riva não realizar o pagamento voluntário do débito. O ex-parlamentar, no entanto, ingressou com agravo de instrumento, alegando excesso de penhora. Segundo sua defesa, apenas um dos imóveis indicados — avaliado entre R$ 1,9 milhão e R$ 2 milhões, conforme três laudos particulares apresentados — já seria suficiente para quitar o valor devido.

Entretanto, ao analisar o recurso, o desembargador relator foi categórico: não é possível reconhecer excesso de penhora sem avaliação judicial oficial dos imóveis. Ele também reforçou que a ampliação da penhora foi legítima, especialmente diante da informação de que os bens inicialmente atingidos possuíam valor estimado em apenas R$ 17,4 mil.

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“O juiz poderá, após avaliação, reduzir a penhora aos bens suficientes, caso o valor seja consideradamente superior ao crédito executado. Mas até lá, é válida a constrição múltipla, quando a insuficiência é evidente”, destacou o magistrado em seu voto.

A decisão representa mais um capítulo no histórico jurídico de Riva, que já enfrentou diversos processos ao longo de sua trajetória política. Para a defesa do empresário Chico Badotti, trata-se de uma vitória do direito ao ressarcimento e da garantia de que acordos financeiros assumidos sejam cumpridos, independentemente do status político do devedor.

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Justiça

Juiz diz que Nikolas ultrapassou limites da imunidade parlamentar e manda retirar post contra PT

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O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) determinou que o X (antigo Twitter) remova uma publicação do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) em que ele associa falsamente o Partido dos Trabalhadores (PT) ao tráfico de drogas, chamando a legenda de “Partido dos Traficantes”.

A plataforma de Elon Musk tem até 48 horas, a partir da notificação, para apagar o conteúdo. Segundo o juiz Wagner Pessoa Vieira, a imunidade parlamentar não se estende às redes sociais e não ampara publicações que contenham falsas imputações.

image-38-1024x218 Justiça manda X apagar postagem de Nikolas que chama PT de “Partido dos Traficantes”

“A publicação de informações falsas, imputando aos apelantes apoio a grupo criminoso, configura dano moral, pois atinge diretamente sua honra e imagem. A gravidade aumenta porque os apelados são figuras públicas com grande alcance midiático”, afirmou o magistrado.

PT aciona Justiça contra parlamentares bolsonaristas

A decisão ocorre no mesmo contexto em que o PT moveu uma ação judicial contra Nikolas Ferreira, Bia Kicis (PL-DF), Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e outros deputados bolsonaristas. O partido pede indenização de R$ 40 mil de cada um e a remoção de postagens que utilizam o termo “PT, Partido dos Traficantes”.

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De acordo com o partido, as publicações começaram após a megaoperação policial nos complexos do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro, e tiveram o objetivo de “difamar e degradar a imagem pública do PT”, associando-o de forma mentirosa ao crime organizado.

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Também são citados no processo os parlamentares Gustavo Gayer (PL-GO) e Carlos Jordy (PL-RJ), que replicaram mensagens semelhantes.

O juiz plantonista Tiago Fontes Moretto, porém, negou o pedido liminar no último sábado (1º), entendendo que não havia urgência para a remoção imediata. O caso segue em análise pelo TJDFT.

Na semana anterior, Nikolas se envolveu em outra polêmica ao reagir agressivamente a uma internauta que mencionou o caso de seu primo, Glaycon Raniere de Oliveira Fernandes, preso por tráfico de drogas. A mulher comparou a prisão do parente com a defesa que o deputado faz de execuções sumárias em operações policiais.

Nikolas respondeu com insultos e justificou que o primo “não recebeu a polícia com tiros, barricadas e drones com bomba”, além de atacar a internauta com ofensas misóginas.

Usuários também relembraram que, em 2022, o deputado defendeu o ex-deputado Roberto Jefferson (PTB), que trocou tiros com a Polícia Federal ao resistir a uma ordem de prisão. Na época, Nikolas minimizou o caso e afirmou que Jefferson deveria responder apenas por difamação, e não ser preso.

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