Ex-vereador Luiz Cláudio tem funções suspensas no TJMT
Publicado em
14 de agosto de 2025
por
Redação
– O servidor de carreira do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) e ex-vereador de Cuiabá, Luiz Cláudio, foi afastado de suas funções após ser apontado por envolvimento em um suposto esquema de desvio de recursos da Conta Única do Poder Judiciário. A informação foi confirmada nesta quinta-feira (14) pelo presidente do TJMT, desembargador José Zuquim Nogueira.
“Esse servidor já foi, por mim, afastado de suas funções. Teve o acesso aos nossos sistemas bloqueado e foi incluído na sindicância que investiga as irregularidades relacionadas à Conta Única”, declarou Zuquim.
O afastamento ocorre no contexto da Operação Sepulcro Caiado, deflagrada em 31 de julho, que apura o desvio de aproximadamente R$ 21 milhões dos cofres do TJMT.
O esquema investigado
Segundo as investigações, empresários, advogados e servidores do Judiciário teriam articulado uma metodologia para desviar recursos da Conta Única. O modus operandi incluía ajuizamento de ações de cobrança com simulação de quitações de dívidas por meio de depósitos judiciais falsos, sem o conhecimento das partes rés.
O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), revogou a prisão preventiva de seis investigados na operação: Wagner Vasconcelos de Moraes, Melissa Franca Praeiro Vasconcelos de Moraes, Rodrigo Moreira Marinho, João Miguel da Costa Neto, Augusto Frederico Ricci Volpato e Régis Poderoso Souza. A decisão, proferida em 8 de agosto, seguiu entendimento já aplicado ao advogado Themis Lessa da Silva, cuja prisão também foi revogada.
Na fundamentação, Gilmar Mendes destacou a ausência de contemporaneidade dos atos criminosos, considerando que o último ato investigado teria ocorrido em março de 2023. O magistrado ponderou que não há indícios de atos recentes que representem risco ao processo penal, à ordem pública ou à aplicação da lei.
O princípio da isonomia processual também foi citado pelo ministro como base para garantir tratamento jurídico igualitário a todos os envolvidos.
Outro lado
A reportagem entrou em contato com Luiz Cláudio, mas ele não atendeu às ligações nem respondeu às mensagens enviadas via WhatsApp. O espaço permanece aberto para manifestação.
O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) determinou que o X (antigo Twitter) remova uma publicação do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) em que ele associa falsamente o Partido dos Trabalhadores (PT) ao tráfico de drogas, chamando a legenda de “Partido dos Traficantes”.
A plataforma de Elon Musk tem até 48 horas, a partir da notificação, para apagar o conteúdo. Segundo o juiz Wagner Pessoa Vieira, a imunidade parlamentar não se estende às redes sociais e não ampara publicações que contenham falsas imputações.
“A publicação de informações falsas, imputando aos apelantes apoio a grupo criminoso, configura dano moral, pois atinge diretamente sua honra e imagem. A gravidade aumenta porque os apelados são figuras públicas com grande alcance midiático”, afirmou o magistrado.
PT aciona Justiça contra parlamentares bolsonaristas
A decisão ocorre no mesmo contexto em que o PT moveu uma ação judicial contra Nikolas Ferreira, Bia Kicis (PL-DF), Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e outros deputados bolsonaristas. O partido pede indenização de R$ 40 mil de cada um e a remoção de postagens que utilizam o termo “PT, Partido dos Traficantes”.
De acordo com o partido, as publicações começaram após a megaoperação policial nos complexos do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro, e tiveram o objetivo de “difamar e degradar a imagem pública do PT”, associando-o de forma mentirosa ao crime organizado.
Também são citados no processo os parlamentares Gustavo Gayer (PL-GO) e Carlos Jordy (PL-RJ), que replicaram mensagens semelhantes.
O juiz plantonista Tiago Fontes Moretto, porém, negou o pedido liminar no último sábado (1º), entendendo que não havia urgência para a remoção imediata. O caso segue em análise pelo TJDFT.
Na semana anterior, Nikolas se envolveu em outra polêmica ao reagir agressivamente a uma internauta que mencionou o caso de seu primo, Glaycon Raniere de Oliveira Fernandes, preso por tráfico de drogas. A mulher comparou a prisão do parente com a defesa que o deputado faz de execuções sumárias em operações policiais.
Nikolas respondeu com insultos e justificou que o primo “não recebeu a polícia com tiros, barricadas e drones com bomba”, além de atacar a internauta com ofensas misóginas.
Usuários também relembraram que, em 2022, o deputado defendeu o ex-deputado Roberto Jefferson (PTB), que trocou tiros com a Polícia Federal ao resistir a uma ordem de prisão. Na época, Nikolas minimizou o caso e afirmou que Jefferson deveria responder apenas por difamação, e não ser preso.
Utilizamos cookies essenciais e tecnologias semelhantes de acordo com a nossa Política de Privacidade e, ao continuar navegando, você concorda com estas condições.AceitarLeia nossa política de privacidade
Utilizamos cookies essenciais e tecnologias semelhantes de acordo com a nossa Política de Privacidade e, ao continuar navegando, você concorda com estas condições.AceitarLeia nossa política de privacidade