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TRF TRANCOU

Eder Moraes deixa de ser réu em desdobramento da Ararath

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A Quarta Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) decidiu, por unanimidade, trancar a ação penal contra o ex-secretário de Estado Éder Moraes, investigado por suposta participação em um esquema de compra de vaga no Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso (TCE-MT). O caso é um dos desdobramentos da Operação Ararath, deflagrada pela Polícia Federal.

A defesa de Éder sustentou que não havia ato de ofício configurando corrupção, uma vez que a aposentadoria do então conselheiro Alencar Soares tratava-se de um direito subjetivo, e não de um ato administrativo vinculado à função pública. O argumento foi acolhido pelos desembargadores federais, que votaram pelo encerramento da ação penal.

Além de Éder Moraes, a mesma ação envolve outros nomes conhecidos da política mato-grossense: os ex-conselheiros Humberto Bosaipo e Alencar Soares, o conselheiro Sérgio Ricardo, o ex-deputado José Riva e o ex-governador Silval Barbosa.

A acusação teve como base a delação premiada do ex-governador Silval Barbosa, que afirmou haver um acordo para que Sérgio Ricardo pagasse R$ 4 milhões pela vaga no TCE. Essa versão foi corroborada pelo depoimento do empresário Júnior Mendonça, primeiro delator da Operação Ararath.

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Com a decisão, Éder Moraes deixa de figurar como réu nesse processo, que segue em andamento para os demais acusados.

 

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Justiça

Juiz diz que Nikolas ultrapassou limites da imunidade parlamentar e manda retirar post contra PT

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O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) determinou que o X (antigo Twitter) remova uma publicação do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) em que ele associa falsamente o Partido dos Trabalhadores (PT) ao tráfico de drogas, chamando a legenda de “Partido dos Traficantes”.

A plataforma de Elon Musk tem até 48 horas, a partir da notificação, para apagar o conteúdo. Segundo o juiz Wagner Pessoa Vieira, a imunidade parlamentar não se estende às redes sociais e não ampara publicações que contenham falsas imputações.

image-38-1024x218 Justiça manda X apagar postagem de Nikolas que chama PT de “Partido dos Traficantes”

“A publicação de informações falsas, imputando aos apelantes apoio a grupo criminoso, configura dano moral, pois atinge diretamente sua honra e imagem. A gravidade aumenta porque os apelados são figuras públicas com grande alcance midiático”, afirmou o magistrado.

PT aciona Justiça contra parlamentares bolsonaristas

A decisão ocorre no mesmo contexto em que o PT moveu uma ação judicial contra Nikolas Ferreira, Bia Kicis (PL-DF), Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e outros deputados bolsonaristas. O partido pede indenização de R$ 40 mil de cada um e a remoção de postagens que utilizam o termo “PT, Partido dos Traficantes”.

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De acordo com o partido, as publicações começaram após a megaoperação policial nos complexos do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro, e tiveram o objetivo de “difamar e degradar a imagem pública do PT”, associando-o de forma mentirosa ao crime organizado.

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Também são citados no processo os parlamentares Gustavo Gayer (PL-GO) e Carlos Jordy (PL-RJ), que replicaram mensagens semelhantes.

O juiz plantonista Tiago Fontes Moretto, porém, negou o pedido liminar no último sábado (1º), entendendo que não havia urgência para a remoção imediata. O caso segue em análise pelo TJDFT.

Na semana anterior, Nikolas se envolveu em outra polêmica ao reagir agressivamente a uma internauta que mencionou o caso de seu primo, Glaycon Raniere de Oliveira Fernandes, preso por tráfico de drogas. A mulher comparou a prisão do parente com a defesa que o deputado faz de execuções sumárias em operações policiais.

Nikolas respondeu com insultos e justificou que o primo “não recebeu a polícia com tiros, barricadas e drones com bomba”, além de atacar a internauta com ofensas misóginas.

Usuários também relembraram que, em 2022, o deputado defendeu o ex-deputado Roberto Jefferson (PTB), que trocou tiros com a Polícia Federal ao resistir a uma ordem de prisão. Na época, Nikolas minimizou o caso e afirmou que Jefferson deveria responder apenas por difamação, e não ser preso.

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