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Sindicato Rural de Jaciara recebe Famato para esclarecer impactos da Reforma Tributária

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Na noite desta segunda-feira, 10 de novembro, o Sindicato Rural de Jaciara foi palco do Circuito de Palestras promovido pela Famato, com o tema: “A Reforma Tributária e os Desafios da Transição para o Agronegócio”. O evento, que contou com a presença de produtores rurais, acadêmicos dos cursos de Contabilidade e Direito da Eduvale e da 18ª subseção da OAB, teve como objetivo atualizar os participantes sobre as mudanças tributárias que afetarão o setor nos próximos anos.
A presidente do Sindicato Rural de Jaciara, Juliana Bortolini, destacou a importância do evento para a região. “É fundamental trazer informações precisas para nossos produtores, que são peças chave no agronegócio de Mato Grosso. Esse tipo de evento fortalece nossa capacidade de adaptação às mudanças que estão por vir. O evento proporcionou uma visão aprofundada sobre as novas regras tributárias, que trarão desafios para a cadeia produtiva do agronegócio”, disse Juliana
O Circuito de Palestras percorre 18 cidades do interior e a capital, sendo uma realização da Famato em parceria com o Conselho Regional de Contabilidade (CRC-MT), com o apoio do Sindicato Rural de Jaciara.
Os temas abordados durante as palestras incluíram tópicos como a Lei Complementar nº 14/2025, que introduz novos impostos como o IBS e a CBS, além de aspectos sobre o Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF), Classificação e Codificação de Mercadorias, e as novas exigências da Nota Fiscal Eletrônica (NF-e/NFC-e).
Prof. Elielton Souza, especialista tributário, ressaltou que os produtores rurais passarão por um período de adaptação à nova tributação a partir de 2026. “Essa mudança não é apenas a substituição de um imposto por outro. A forma de comprar, vender e calcular os custos será alterada. Os produtores precisam entender como a nova sistemática impactará seus negócios”, explicou o palestrante.
José Cristóvão, analista tributário da Famato, detalhou como o novo sistema tributário funcionará, destacando a importância do sistema de créditos e débitos e as mudanças que ocorrerão em relação ao CNPJ alfanumérico dos produtores rurais. Ele alertou sobre o impacto que a reforma terá sobre os custos de maquinários agrícolas e o arrendamento rural, além de destacar as modificações nas alíquotas e no regime de diferimento.
Com o apoio de profissionais especializados, a Famato e o CRC-MT seguem realizando esse importante trabalho de informação e atualização do setor agrícola em Mato Grosso, destacando o papel estratégico dos produtores rurais na economia do estado.

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Confinamento bate recorde em MT; Imea projeta 928,7 mil cabeças em 2025

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Mato Grosso deve terminar 928.673 cabeças em confinamento em 2025, alta de 4,05% ante 2024. O Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) atribui o avanço à margem melhor do pecuarista, com boi gordo valorizando acima do milho e elevando a relação de troca para 5,52 sc/@.

O custo da diária para produção do animal ficou em R$ 13,79 no ano, aumento de 16,47% em relação ao ano passado, mas ainda abaixo dos picos de 2020/21. A combinação de custo controlado e receita maior ajudou a sustentar o aumento de volume.

“Nosso levantamento aponta o maior volume de confinamento dos últimos anos. Mesmo com a alta na diária, a relação boi/milho ficou mais favorável e recompôs a margem do confinador”, diz Milena Bezerra, analista de mercado pecuário do Imea.

A adesão ao sistema de confinamento recuou de 85,65% (2024) para 69,57% dos entrevistados em 2025. Ainda assim, o volume total cresceu porque quem permaneceu ampliou a escala. Entre os que não irão confinar, 72,73% operam estruturas de até 1.000 cabeças.

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“Vemos menos produtores confinando e mais escala por operação. Ganham espaço semiconfinamento (29,73%) e TIP (Terminação Intensiva a Pasto) (8,11%), que entregam resultados próximos ao cocho e ajudam a reduzir custo”, afirma Milena.

A região Oeste lidera a intenção de confinamento com 271.943 cabeças, seguido do Norte (195.945). Depois vêm Sudeste (145.292), Médio-Norte (109.906), Centro-Sul (95.427), Nordeste (55.559) e Noroeste (54.601).

Nos insumos da dieta, o farelo de algodão subiu 49,35%, o milho 33,98% e o DDG 20,33%. A demanda do etanol de milho pressionou o cereal, mas a troca mais favorável manteve a competitividade do confinamento.

A proteção de preços segue tímida, já 4,17% dos entrevistados usaram trava a termo e 3,79% recorreram à bolsa. O Imea observa espaço para ampliar o uso de hedge como ferramenta de previsibilidade de margem.

Os dados refletem a amostra de informantes do Imea no 3º Levantamento das Intenções de Confinamento de 2025, concluído em outubro, e não constituem censo estadual.

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