TRE acata recursos contra Luiz Sansão e Raimundo Nonato, que podem ficar inelegíveis por até 8 anos
Publicado em
7 de julho de 2025
por
Assessoria
O Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE-MT) deu provimento, por unanimidade, a dois recursos eleitorais interpostos pela Coligação “O Trabalho Deve Continuar” contra os candidatos derrotados Luiz Sansão e Raimundo Nonato, ambos alvos de Ações de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) por suposto abuso de poder econômico e irregularidades durante a campanha municipal de 2024, quando foram derrotados por Azenilda Pereira, reeleita prefeita.
No primeiro processo, os ex-candidatos são acusados de omitir, na prestação de contas, o uso de um caminhão adaptado como palco e equipamentos de som utilizados em diversos comícios e reuniões eleitorais. A supressão desses dados, segundo o recurso, representa clara violação ao Art. 30-A da Lei nº 9.504/97, que trata da transparência e legalidade na prestação de contas de campanha. Com a decisão do TRE-MT, os autos retornam ao juízo da 13ª Zona Eleitoral para instrução do processo.
Em caso de julgamento procedente, Luiz Sansão e Raimundo Nonato podem ser enquadrados por abuso de poder econômico e prática de “caixa 2”, conforme previsto no Art. 22 da Lei Complementar nº 64/90, ficando inelegíveis por até oito anos.
No mesmo dia, o TRE também acolheu outro recurso da mesma coligação, relacionado a um segundo processo, no qual é apontado o uso de uma festa de aniversário como pretexto para promoção de campanha. O evento, atribuído ao coordenador de campanha Orlando Cardoso Chaves, teria servido para angariar apoio político, com distribuição de bebidas, refeições e cestas básicas, além do uso do mesmo caminhão de campanha dos investigados.
Da mesma forma, se o mérito da ação for reconhecido como procedente, Luiz Sansão e Raimundo Nonato poderão ser penalizados com a inelegibilidade por abuso de poder econômico. Em caso de novas eleições, algo ainda incerto, os dois candidatos já estariam legalmente impedidos de concorrer novamente, mesmo tendo sido derrotados nas urnas.
O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) determinou que o X (antigo Twitter) remova uma publicação do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) em que ele associa falsamente o Partido dos Trabalhadores (PT) ao tráfico de drogas, chamando a legenda de “Partido dos Traficantes”.
A plataforma de Elon Musk tem até 48 horas, a partir da notificação, para apagar o conteúdo. Segundo o juiz Wagner Pessoa Vieira, a imunidade parlamentar não se estende às redes sociais e não ampara publicações que contenham falsas imputações.
“A publicação de informações falsas, imputando aos apelantes apoio a grupo criminoso, configura dano moral, pois atinge diretamente sua honra e imagem. A gravidade aumenta porque os apelados são figuras públicas com grande alcance midiático”, afirmou o magistrado.
PT aciona Justiça contra parlamentares bolsonaristas
A decisão ocorre no mesmo contexto em que o PT moveu uma ação judicial contra Nikolas Ferreira, Bia Kicis (PL-DF), Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e outros deputados bolsonaristas. O partido pede indenização de R$ 40 mil de cada um e a remoção de postagens que utilizam o termo “PT, Partido dos Traficantes”.
De acordo com o partido, as publicações começaram após a megaoperação policial nos complexos do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro, e tiveram o objetivo de “difamar e degradar a imagem pública do PT”, associando-o de forma mentirosa ao crime organizado.
Também são citados no processo os parlamentares Gustavo Gayer (PL-GO) e Carlos Jordy (PL-RJ), que replicaram mensagens semelhantes.
O juiz plantonista Tiago Fontes Moretto, porém, negou o pedido liminar no último sábado (1º), entendendo que não havia urgência para a remoção imediata. O caso segue em análise pelo TJDFT.
Na semana anterior, Nikolas se envolveu em outra polêmica ao reagir agressivamente a uma internauta que mencionou o caso de seu primo, Glaycon Raniere de Oliveira Fernandes, preso por tráfico de drogas. A mulher comparou a prisão do parente com a defesa que o deputado faz de execuções sumárias em operações policiais.
Nikolas respondeu com insultos e justificou que o primo “não recebeu a polícia com tiros, barricadas e drones com bomba”, além de atacar a internauta com ofensas misóginas.
Usuários também relembraram que, em 2022, o deputado defendeu o ex-deputado Roberto Jefferson (PTB), que trocou tiros com a Polícia Federal ao resistir a uma ordem de prisão. Na época, Nikolas minimizou o caso e afirmou que Jefferson deveria responder apenas por difamação, e não ser preso.
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