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PECULATO

Desvio de verba do Museu Histórico: TJMT confirma condenação de empresária

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A Primeira Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) decidiu, por unanimidade, manter a condenação da empresária e ex-presidente do Instituto Pró-Ambiência, Juliana Borges Moura Pereira Lima, por peculato-desvio e dano ao erário público. A decisão foi proferida na última terça-feira (23).

Segundo a denúncia, entre 2013 e 2014, Juliana, na condição de presidente do Instituto, firmou convênio com a Secretaria de Cultura do Estado de Mato Grosso para a recuperação do Museu Histórico de Mato Grosso, em Cuiabá. O valor total repassado foi de R$ 300 mil, mas apenas R$ 80 mil foram efetivamente utilizados na execução parcial da obra. O restante, conforme apuração, foi desviado para quitar outras dívidas do Instituto e pagar salários de funcionários, sem autorização para tal destinação.

Durante o inquérito, a ré alegou que utilizou o valor remanescente para cobrir pendências de outros contratos com o Estado. A defesa também sustentou que não houve dolo e que parte dos gastos deveria ser abatida no cálculo da reparação.

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No entanto, o relator do caso, desembargador Orlando Perri, rejeitou os argumentos e destacou que a ex-presidente tinha plena consciência da destinação dos recursos e desviou o dinheiro de forma deliberada.

“Restou demonstrado que houve repasse integral de R$ 300 mil à entidade conveniada, presidida pela apelante, para restauração do Museu Histórico, com execução parcial de apenas R$ 80 mil e ausência de comprovação da obra no período. O remanescente foi conscientemente utilizado para solver dívidas de outro ajuste e compromissos internos do instituto”, afirmou o magistrado.

Perri ressaltou ainda que o crime de peculato-desvio se configura independentemente do destino dado aos valores desviados, uma vez que o simples uso para finalidade diversa já caracteriza a infração.

“Pouco importa o fim a que se destinou o produto do ilícito. Quem administra recursos públicos assume posição de garantidor da finalidade; a opção de realocar numerário sem autorização é escolha dolosa contrária ao dever jurídico”, frisou o relator.

Com isso, o colegiado negou o recurso de apelação e manteve a sentença que condena Juliana Borges Moura Pereira Lima ao pagamento de R$ 220 mil em indenização pelos danos causados ao erário, valor correspondente à quantia não aplicada na restauração do Museu Histórico de Mato Grosso.

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Tribunal de Justiça de MT

Lista tríplice para vaga de desembargador do TJ-MT será definida em novembro

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O presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJ-MT), desembargador José Zuquim, marcou para o dia 3 de novembro, às 15h30, a sessão que definirá os três nomes da lista tríplice de advogados que concorrem à vaga de desembargador pelo quinto constitucional da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT).

A escolha caberá aos 36 desembargadores do tribunal, que deverão reduzir a atual lista sêxtupla a três nomes. Em seguida, a relação será encaminhada ao governador Mauro Mendes (União Brasil), responsável por indicar o novo integrante da Corte.

A lista sêxtupla foi aprovada no dia 10 de outubro, durante sessão realizada na sede da OAB-MT, e busca preencher a vaga deixada pelo desembargador Luiz Ferreira da Silva, que se aposentou ao completar 75 anos, idade limite para atuação no Judiciário.

Respeitando a paridade de gênero prevista pela OAB, foram indicados os advogados Ricardo Almeida, Dalto Passare e Sebastião Monteiro, e as advogadas Jamille Adamczyk, Juliana Zafino e Michele Dorileo.

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A relação foi oficialmente entregue à presidência do TJ-MT pela presidente da OAB-MT, Gisela Cardoso, no dia 13 de outubro, durante reunião no Palácio da Justiça, em Cuiabá.

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