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Carnaval e a saúde das pernas: como evitar inchaço e cansaço durante a folia

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O Carnaval é um dos eventos mais aguardados do ano, mas também pode ser um desafio para a saúde vascular. O calor, o tempo prolongado em pé e a hidratação inadequada são fatores que contribuem para o inchaço e o desconforto, comprometendo o bem-estar dos foliões. De acordo com a Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV), queixas relacionadas a inchaço e dor nas pernas aumentam em até 30% no verão, tornando o tema ainda mais relevante no período carnavalesco.

 

A cirurgiã vascular e angiologista Dra. Ilana Barros explica que esses sintomas podem ser evitados com cuidados simples, garantindo uma experiência mais saudável e sem intercorrências. “O calor dilata os vasos sanguíneos, e a permanência prolongada em uma mesma posição pode agravar a retenção de líquidos. Pequenas mudanças de hábito ajudam a minimizar esses efeitos”, ressalta a especialista.

 

Sinais de alerta

Embora o inchaço seja comum, é importante observar sinais que podem indicar algo mais sério. Dores intensas, vermelhidão e endurecimento da perna podem ser sintomas de complicações vasculares, como a trombose venosa profunda, que exige atenção imediata. Segundo a Dra. Ilana Barros, cirurgiã vascular, qualquer desconforto persistente deve ser avaliado por um especialista.

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Como prevenir o inchaço e o cansaço nas pernas no Carnaval:

 

Mantenha-se em movimento

Ficar parado por muito tempo prejudica a circulação. Sempre que possível, alterne entre dançar, caminhar e mudar de posição para estimular o fluxo sanguíneo.

 

Hidrate-se bem

O consumo excessivo de álcool pode desidratar o corpo e agravar o inchaço nas pernas. Para minimizar os efeitos, intercale as bebidas com água ou água de coco.

Escolha calçados adequados

Os pés sustentam o corpo durante a festa. Opte por tênis ou sandálias confortáveis que ofereçam suporte e evitem dores e cansaço excessivo.

 

Use meias de compressão após a folia

Se as pernas estiverem pesadas, o uso de meias de compressão pode melhorar a circulação e reduzir o inchaço.

Descanse e recupere-se

Após um dia intenso, elevar as pernas por alguns minutos ajuda a aliviar o cansaço e melhora a circulação.

Com essas orientações, os foliões podem curtir o Carnaval com mais disposição e sem prejuízo à saúde vascular. A Dra. Ilana Barros reforça que, ao menor sinal de desconforto persistente, é essencial procurar um especialista em angiologia e cirurgia vascular.

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Sobre Dra. Ilana Barros:

Formada em Medicina pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), com residência médica em Cirurgia Geral no Hospital Geral Roberto Santos, em Salvador-BA, e em Cirurgia Vascular no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Especialista em Radiologia Intervencionista e Cirurgia Endovascular pela ANGIORAD, em Recife-PE, e pós-graduada em Laser, Cosmiatria e Procedimentos no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo-SP.

 

Para mais informações e orientações, acesse o Instagram: @drailanabarros

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SAÚDE

Tempo de espera em MT para consulta no SUS pode chegar a dois anos

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Números do Ministério da Saúde obtidos via Lei de Acesso à Informação (LAI) mostram que o maior prazo para uma consulta no SUS no país ocorre em Mato Grosso, para quem precisa de uma avaliação de especialista em genética médica, indicada para casos de anomalias congênitas. O tempo de espera para ser atendido é, em média, de 721 dias, o equivalente a dois anos.

Além de Mato Grosso, outros estados com grandes períodos de espera nesta especialidade incluem Mato Grosso do Sul (249 dias), Santa Catarina (235 dias), Amazonas (129 dias) e Acre (91 dias). Por outro lado, no Ceará, a média de espera é significativamente menor, com apenas 7,6 dias.

De acordo com os dados divulgados pelo O Globo, que englobam todas as 84 especialidades do SUS, os pacientes tiveram de esperar, em média, quase dois meses (57 dias) para serem atendidos em 2024. Este tempo de espera foi maior do que o registrado durante a pandemia de Covid-19, em 2020, quando a média era de 50 dias, até então a maior marca na série histórica iniciada em 2009.

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O tempo de espera tende a ser menor para especialidades menos complexas. Por exemplo, a principal demanda do SUS em 2024 foi para consultas oftalmológicas, com 175,9 mil solicitações. A média nacional de espera foi de 83 dias, quase três meses. Porém, em Mato Grosso, a média foi maior, com uma espera de 143 dias, quase cinco meses.

Apesar de ser o único sistema de dados do governo federal para monitorar as filas de espera, o Ministério da Saúde alerta que as informações podem ser falhas, pois nem todos os estados preenchem o sistema de maneira adequada.

No caso das cirurgias oncológicas, a média de espera chega a 188 dias, mais de seis meses. Este prazo ultrapassa os 60 dias estabelecidos por uma lei federal de 2012, que determina que pacientes diagnosticados com câncer devem iniciar o tratamento dentro deste período. Em Mato Grosso, a média de espera é de 26 dias, mas a situação varia conforme a especialidade (veja a tabela abaixo).

A ex-diretora do Ministério da Saúde e professora do Departamento de Saúde Coletiva da Universidade de Brasília (UnB), Carla Pintas Marques, defende mudanças no sistema atual do SUS, para que o paciente entre em uma linha de cuidado contínua, sem precisar retornar às filas.

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“O tratamento de câncer deve começar até 60 dias após o diagnóstico, mas antes disso é necessário definir o tipo de tratamento e onde será feito. Nesse processo, o paciente entra novamente na fila de regulação. Ele espera até 80 dias para conseguir uma consulta, e depois entra de novo na regulação para exames e consultas especializadas”, explicou Carla.

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