CUIABÁ

VAI PARA VOTAÇÃO

PEC que acaba com reeleição é aprovada no CCJ, mas não impede Lula de disputar 2026

Publicado em

O Senado deu um passo importante rumo a uma mudança significativa no sistema eleitoral brasileiro. Foi aprovada nesta quarta-feira (21), na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que acaba com a reeleição para cargos do Executivo, como presidente, governadores e prefeitos. A mudança, no entanto, só passa a valer a partir de 2030 — o que significa que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ainda poderá disputar a reeleição em 2026, caso decida concorrer.

O texto propõe mandatos únicos de cinco anos para todos os cargos eletivos: vereadores, prefeitos, deputados estaduais e federais, senadores, governadores e presidente da República. A PEC ainda precisa ser aprovada no plenário do Senado e, em seguida, tramitar na Câmara dos Deputados.

Relatada pelo senador Marcello Castro (MDB-PI), a proposta foi construída com apoio de parlamentares de diferentes partidos. Segundo o relator, é hora de corrigir o que ele considera “um erro histórico”: a permissão para reeleição, adotada no Brasil em 1997.

Leia Também:  Coronel Assis confronta Lewandowski e critica postura diante de facções

Transição gradual até 2034

Para permitir a adoção do novo modelo, o texto prevê uma transição que começa nas próximas eleições:

  • 2026: Presidente e governadores ainda poderão disputar a reeleição. Senadores concorrerão, pela última vez, a mandatos de 8 anos.

  • 2028: Prefeitos e vereadores eleitos nesse ano terão mandatos de 6 anos, sem possibilidade de reeleição.

  • 2030: Começa a vigorar a nova regra que proíbe a reeleição para presidente e governadores eleitos a partir desse pleito. Senadores passarão a ter mandatos de 9 anos.

  • 2034: Todas as eleições passam a ocorrer simultaneamente e os mandatos de cinco anos se aplicam a todos os cargos, encerrando definitivamente a possibilidade de reeleição no Executivo.

  • 2039: O Senado deixa de alternar a renovação de 1/3 e 2/3 de suas cadeiras. A partir desse ano, os eleitores votarão em três senadores por eleição.

Reforma ampla

A proposta representa uma das mudanças mais ambiciosas nas regras eleitorais desde a redemocratização. Além de pôr fim à reeleição, ela busca unificar as eleições e igualar os mandatos entre os diferentes Poderes, o que, segundo defensores da PEC, traria mais estabilidade política, previsibilidade e foco nos mandatos.

Leia Também:  Jaime Campos defende revisão de penas e anistia para presos do 8 de janeiro

Agora, o desafio será garantir o apoio necessário no plenário do Senado e, depois, na Câmara. Por se tratar de uma PEC, são exigidos três quintos dos votos em dois turnos de votação em ambas as Casas.

COMENTE ABAIXO:
Advertisement

POLÍTICA NACIONAL

PL Antifacção cria penas de até 40 anos e segue em análise na Câmara

Published

on

 

A Câmara dos Deputados aprovou, nesta terça-feira (18), o texto-base do PL Antifacção, projeto encaminhado pelo governo federal que amplia o rigor da legislação contra organizações criminosas. A proposta avançou com ampla maioria no plenário, registrando 370 votos a favor, 110 contrários e 3 abstenções. Agora, os parlamentares seguem votando destaques que podem alterar trechos do texto antes da conclusão da análise.

Relator da proposta, o deputado Guilherme Derrite (PP-SP) apresentou seis versões até chegar ao texto aprovado. Além de mudanças na redação original do governo, o parecer incorporou medidas ainda mais duras para enfrentar o avanço das facções criminosas no país.

Entre os principais pontos está a criação do crime de domínio social estruturado, com punição que varia de 20 a 40 anos de prisão. A nova tipificação mira diretamente o controle territorial de comunidades exercido por grupos criminosos. O projeto também eleva penas para integrantes de facações e prevê punições de 12 a 20 anos para quem facilitar a atuação dessas organizações.

Leia Também:  Mistura de biocombustíveis é ampliada e reduz dependência de importações

Outras medidas incluem maior facilidade para bloqueio de bens e valores, possibilidade de intervenção estatal em empresas utilizadas por facções e reforço à execução penal, com foco no isolamento de lideranças em presídios federais.

A votação dos destaques segue em plenário, e ainda pode alterar pontos específicos do texto antes de sua aprovação definitiva.

COMENTE ABAIXO:
Continue Reading

CUIABÁ

VÁRZEA GRANDE

MATO GROSSO

POLÍCIA

MAIS LIDAS DA SEMANA