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Crime brutal em MT leva deputado a retomar debate sobre maioridade penal

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O deputado federal Coronel Assis (União-MT) voltou a defender a redução da maioridade penal durante sessão realizada nesta quarta-feira (23), na Câmara dos Deputados. O posicionamento foi motivado pelo assassinato brutal da adolescente Heloysa Maria de Alencastro Souza, de 16 anos, ocorrido em Cuiabá, que chocou o estado e o país.

O crime teve a participação de quatro pessoas: Benedito Anunciação de Santana, de 40 anos — apontado como mentor e então namorado da mãe da vítima —, seu filho de 18 anos e dois menores, com 16 e 17 anos, que foram apreendidos.

“Tem que responder como adulto”, diz Assis

Durante seu discurso em Brasília, Coronel Assis elogiou a atuação rápida das forças de segurança de Mato Grosso, que identificaram e prenderam todos os suspeitos em poucas horas. Em seguida, o parlamentar cobrou uma mudança urgente no tratamento penal aplicado a menores envolvidos em crimes hediondos.

“Até quando este país vai fugir da discussão sobre a maioridade penal? Um marmanjo de 17 anos que sequestra, mata uma menina de 16 por asfixia, amarra o corpo e o joga em um poço, precisa ser julgado como adulto. Tem plena consciência dos atos e deve ser responsabilizado com o mesmo rigor da lei”, afirmou.

Assis também criticou o sistema penal brasileiro, dizendo que a criminalidade entre jovens não decorre de falta de oportunidades, mas da sensação de impunidade.

“Não é ausência de chances que leva o jovem ao crime. É a certeza da impunidade. O nosso Código Penal precisa refletir a realidade das ruas”, completou.

O crime

O assassinato de Heloysa ocorreu no bairro Morada do Ouro, em Cuiabá. A jovem foi espancada e morta por asfixia. Em seguida, teve mãos e pés amarrados e foi jogada, ainda com vida, em um poço. A mãe da adolescente, que mantinha um relacionamento com Benedito, também foi espancada durante o ataque e segue internada.

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O crime foi inicialmente forjado como um assalto, com os criminosos levando um carro modelo HB20. Câmeras de segurança ajudaram a rastrear o veículo até o bairro Ribeirão do Lipa, onde dois dos envolvidos foram localizados pelo 3º e 10º Batalhões da Polícia Militar, com apoio do Bope.

Durante a tentativa de fuga, um adolescente de 17 anos foi capturado. Ele confessou o envolvimento no crime e revelou a participação de outras três pessoas, incluindo o próprio pai e o meio-irmão.

Entenda a maioridade penal no Brasil

A maioridade penal é a idade a partir da qual o indivíduo pode ser responsabilizado criminalmente. No Brasil, essa idade é de 18 anos, conforme determina a Constituição Federal. Menores de idade que cometem crimes são submetidos às medidas socioeducativas previstas no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), o que limita a punição mesmo em casos de crimes graves.

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POLÍTICA NACIONAL

Coronel Assis confronta Lewandowski e critica postura diante de facções

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O vice-líder da oposição na Câmara Federal, deputado federal Coronel Assis (União-MT) avalia que o Governo Lula pratica “negacionismo criminal” ao discordar da classificação de facções criminosas brasileiras como terroristas. A declaração é referente ao pedido feito ao Governo Brasileiro pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Em discurso no plenário da Câmara, nesta quarta-feira (7), o parlamentar afirmou que “quem poupa o lobo, sacrifica o cordeiro”, ao problematizar sobre o fato de técnicos do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), comandado pelo ministro Ricardo Lewandowiski, terem dito a emissários do Governo Donald Trump que discordam da classificação de organizações como Comando e Vermelho e PCC como terroristas.

 

“São cerca de 88 facções distribuídas em todo o território nacional, onde elas, nas suas atividades criminosas, promovem controle de território, financiamento de guerras entre civis e o Estado do Rio de Janeiro, por exemplo, onde elas disputam território na ponta do fuzil, na bala, no estanho, no aço. Negar que esse povo se trata de organizações terroristas é realmente um grande absurdo e um grande negacionismo criminal”, asseverou o parlamentar em seu discurso.

 

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Apesar do posicionamento do MJSP, a comitiva dos EUA recebeu um dossiê elaborado pelas Secretarias de Segurança Pública do Rio de Janeiro e de São Paulo, que relacionam o modo de atuação do PCC e do CV ao terrorismo.

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