O prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), acusou o ex-prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) de deixar uma dívida de R$ 5,8 milhões com a empresa CS Mobi, responsável pela operação do estacionamento rotativo na Capital, conhecido como “Cuiabá Rotativo”.
Implementado em novembro de 2023, o contrato com a CS Mobi previa um repasse mensal de R$ 650 mil à empresa. No entanto, segundo Abilio, apenas quatro parcelas foram pagas pela gestão anterior, deixando nove meses em aberto. “Foram pagos só quatro meses, a maior parte desse contrato não foi paga. A empresa pegava o dinheiro arrecadado do estacionamento e repassava para a Prefeitura, que usava para outras coisas e não pagava pelos serviços prestados”, afirmou o prefeito em entrevista concedida nesta quinta-feira (23).
Além disso, Abilio revelou que a falta de pagamento levou a CS Mobi a contrair um empréstimo sem a aprovação da Câmara Municipal, colocando a Prefeitura como fiadora. “A Procuradoria do Município não deu um parecer na época, e a empresa contratou um parecer por fora, de um professor da USP”, acrescentou.
O atual prefeito também destacou que sua gestão busca romper o contrato com a CS Mobi. Ele sinalizou que a prioridade é realizar o rompimento de forma amigável, mas, caso isso não seja possível, a Prefeitura pretende recorrer à Justiça para resolver o impasse.
A situação expõe mais um capítulo polêmico na administração pública de Cuiabá e reacende debates sobre a transparência e a responsabilidade na gestão de contratos municipais.