CUIABÁ

"FOI DESRESPEITOSO"

Gisela critica declarações de senador contra ministra e aponta representação

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Nesta quinta e sexta-feiras, à jornalistas da TV Pantanal e da Radio CBN Cuiabá, Gisela Simona (União Brasil) não mediu críticas ao senador Plinio Valério(PSDB-AM) por sua declaração de que ‘teve vontade de enforcar Marina Silva’, ministra do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas’. Ao explicar a representação que assina junto com outras nove deputadas e 10 partidos, acionando o parlamentar no Conselho de Ética no Senado.

A declaração do senador Valério foi feita após evento no Amazonas, no dia 14 de março, ao se referir a uma sessão da CPI das ONGs em que a ministra falou com os parlamentares por mais de seis horas. “Imagina vocês o que é ficar com a Marina 6 horas e 10 minutos sem ter vontade de enforcá-la?”, disse o senador.

Para a deputada mato-grossense, a ação de Valério foi totalmente desrespeitosa mesmo após tentar emplacar na tribuna do Senado que teria feito uma brincadeira..

“Além de ser um ato absolutamente desrespeitoso, Plínio Valério enquanto autoridade, enquanto  senador da República, não pode naturalizar a violência falando sobre enforcamento contra uma mulher. São palavras que não podemos hoje admitir no Brasil, pois naturalizam a violência contra a mulher, tornando-a normal dentro de casa, nas escolas, e nas ruas. Assim, não podemos tolerar em nenhuma hipótese estas declarações, muito mais vindo de uma autoridade que deveria dar exemplo. Então nós, nove deputadas e 10 partidos, assinamos um pedido de providência junto ao Conselho de Ética do Senado”.

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Assinam a representação junto com Gisela Simona as parlamentares Benedita da Silva (PT-RJ), Duda Salabert (PDT-MG), Enfermeira Ana Paula (Podemos- CE), Jandira Feghali (PCdoB-RJ), Laura Carneiro (PSD-RJ), Maria Arraes (Solidariedade-PE), Tabata Amaral (PSB-SP) e Talíria Petroni (Psol-RJ). Também assina o documento o deputado Túlio Gadêlha (Rede-PE).

Trecho da representação assinada pelas deputadas aponta que o teor da fala do senador ‘ultrapassa os limites da imunidade parlamentar, uma vez que não possui qualquer relação com sua atuação como representante do Estado do Amazonas, mas sim um evidente caráter de violência de gênero’.

“A fala não apenas minimiza e desqualifica a presença da ministra Marina Silva no cenário político, como também reforça um discurso de incitação à violência contra a mulher, um crime tipificado na legislação brasileira e que tem sido amplamente combatido, sobretudo, no contexto da política nacional”, ainda consta na representação.

Gisela igualmente aproveitou para classificar como ‘infeliz’ a fala do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, no último 12 de março, em um evento no Palácio do Planalto, afirmando que teria colocado Gleisi Hoffmann no Ministério das Relações Institucionais por ela ser ‘bonita’. E que isso serviria para aproximar o petista de Hugo Motta (Republicanos-PB) e Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), presidentes da Câmara e do Senado, respectivamente. “[…]Porque uma coisa, companheiros, que eu quero mudar, é restabelecer a relação com vocês, por isso eu coloquei essa mulher bonita para ser ministra das Relações Institucionais”.

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Para Gisela Simona, a fala do presidente tenta validar aquela velha máxima: ‘quem precisa de competência, experiência e habilidade política quando se tem atributos estéticos à disposição’.

Reprimendas

O senador Plinio Valério foi repreendido publicamente pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP) que classificou a fala do colega como inadequada e agressiva, mesmo que tenha sido feita em tom de brincadeira: “Não concordo com muitas posições ideológicas da ministra em relação ao país, mas acho que o meu querido colega, senador Plínio Valério, precisa fazer uma referência em relação a essa fala, até mesmo justificar se foi uma fala equivocada ´[…] Estamos vivendo um momento tão difícil que uma fala de um senador da República, mesmo de brincadeira, agride, infelizmente, o que nós estamos querendo para o Brasil”.

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Política MT

“Supremo exagerou”, afirma Jayme Campos sobre prisão de Collor e intimação de Bolsonaro

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O senador Jayme Campos (União Brasil) não poupou críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF) após a prisão do ex-presidente Fernando Collor de Mello. Durante evento nesta sexta-feira (25), o parlamentar classificou a decisão como um “excesso” e defendeu que medidas alternativas, como uso de tornozeleira eletrônica ou prisão domiciliar, seriam mais adequadas.

“Considerando a trajetória de Collor como governador, senador e presidente da República, prender foi um exagero. Uma prisão domiciliar resolveria”, afirmou Jayme. Para ele, pelo histórico político de Collor, seria mais sensato que o ex-presidente fosse custodiado em unidades da Polícia Militar, do Corpo de Bombeiros ou da própria Polícia Federal. Ainda assim, reconheceu que a lei deve ser aplicada igualmente a todos.

O senador também apontou outros exemplos de atitudes que, em sua avaliação, extrapolam o razoável. Citou a notificação judicial feita ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) enquanto ele estava internado em uma Unidade de Terapia Intensiva no hospital DF Star, em Brasília.

“Foi um exagero intimar o presidente dentro da UTI. Poderiam ter esperado ele sair do hospital, até porque não havia risco de fuga. O Supremo tem cometido sucessivos abusos e isso precisa ser corrigido. Temos que discutir e regulamentar o que de fato cabe e compete ao STF”, disparou Jayme.

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Fernando Collor foi preso nesta sexta-feira (25) em Maceió (AL) por ordem do ministro Alexandre de Moraes, após a rejeição de recursos da defesa contra a condenação de 8 anos e 10 meses de prisão, em desdobramento da Operação Lava Jato. Após a prisão, Collor foi expulso do PRD — partido que, segundo integrantes, nem sabiam que ele integrava oficialmente.

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