CUIABÁ

Política MT

Frente parlamentar discute principais demandas de produtores de leite

Publicado em

Produtores de leite de Mato Grosso e representantes de associações e de entidades como a Empresa Mato-Grossense de Pesquisa Assistência e Extensão Rural (Empaer) e o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (IMEA) foram ouvidos, nesta segunda-feira (14), durante reunião da Frente Parlamentar de Apoio ao Produtor de Leite da Assembleia Legislativa.

O superintendente do IMEA, Cleiton Gauer, apresentou um diagnóstico da cadeia leiteira de Mato Grosso, produzido a partir de pesquisa qualitativa iniciada em 2022 e realizada com 2.506 produtores de leite, 24 indústrias de laticínio, 8 cooperativas e 7 estabelecimentos comerciais varejistas.

Em relação ao perfil dos produtores mato-grossenses, o diagnóstico apontou, entre outros dados, que a maior parte dos produtores possui entre 41 e 56 anos (43,33%), dedica-se à atividade há mais de 20 anos (29,33%) e tem a exploração bovino de leite como principal fonte de renda (75,62%). 

Dos produtores que responderam à pesquisa, 60% fazem a ordenha de forma manual em seu rebanho e 80,8%, apenas uma vez ao dia. O sistema de fertilização adotado em 77,93% das produções é natural não controlado.

A pesquisa apontou ainda que a maior parte dos produtores não é avisada com antecedência sobre o preço que irá receber pela sua produção. Além disso, recebe o pagamento somente após cerca de 30 dias.

“Esse é um material principalmente para tentarmos caracterizar o perfil do produtor do estado de Mato Grosso e, a partir disso, tentar entender como está estruturada a organização do setor e quais pontos precisam ser trabalhados para voltar a crescer a produção de leite em Mato Grosso, que vem caindo ao longo dos últimos anos com bastante intensidade. A solução não é única. É preciso melhorar as condições e evoluir a cadeia como um todo. Se nada for feito, o setor corre risco para o futuro”, afirmou Cleiton.

Leia Também:  Comissão de Saúde, realiza quatro audiências públicas nessa semana

O presidente da Associação dos Produtores de Leite da Região Oeste de Mato Grosso (Aplo-MT), Luciano Rodrigues Gomes, disse que o preço pago pelo litro de leite (de R$ 1,80 a R$ 2,00) é inferior ao que, segundo ele, seria considerado justo, e está bem abaixo do valor cobrado pelos produtos finais, vendidos nas prateleiras dos supermercados.

Além disso, Luciano afirma o fato de não saber quanto vai receber pela produção vendida dificulta muito a vida do produtor.

“Quando você trabalha e tem um salário, você sabe quanto vai ganhar. Nós entregamos o leite e não sabemos quando e nem quanto vamos receber. E quando eles têm prejuízo, descontam do produtor e aí o produtor paga a conta sozinho. Aí o que vai acontecer? Vai acabar. Daqui a uns dias, o leite vai para trinta, vinte reais o litro porque não vai ter, porque acabaram com o produtor. Então precisamos resolver isso”, clamou.  

O alto custo da produção e o baixo preço pago por ela também foi destacado por Edivaldo José Pereira, produtor do município de Conquista D’Oeste. 

“A conta não fecha. Estamos perdidos, sem saber o que fazer. Todo o prejuízo está ficando com o produtor. Do jeito que está, daqui até o final do ano não vai ter mais produtor em Mato Grosso”, relatou.

Leia Também:  Sexto episódio do "Palco pra 2" traz novos nomes da cena musical de MT

Para a vereadora Kátia Moura, do município de Jauru, que ocupa a 4ª posição na produção de leite do estado, os entraves sanitários, a baixa produção e a formação de cartel entre laticínios estão entre os principais problemas enfrentamos atualmente pelos produtores.

O coordenador-geral da Frente Parlamentar, deputado Gilberto Cattani (PL), reforçou o compromisso em dar continuidade às discussões para buscar uma solução para os problemas que afetam os produtores mato-grossenses e também chamou a atenção para o aumento nas importações de leite.

“Está vindo leite de fora do país, inundando o mercado brasileiro com preço abaixo do nosso leite aqui e nós temos uma luta muito árdua para tentar reverter isso, por isso é muito importante reuniões como essa, onde os produtores comparecem, as associações, as federações, a Empaer, o Governo do Estado, todos temos que nos unir para tentar sanar esse problema, que é crônico”, frisou. 

O assunto será tema de encontro dos produtores brasileiros de leite, que acontecerá na próxima quarta-feira (16), às 14h, na Câmara dos Deputados, em Brasília.

A Frente Parlamentar de Apoio ao Produtor de Leite foi instalada no dia 8 de maio, por solicitação do deputado Gilberto Cattani, e conta ainda com a participação dos deputados Carlos Avallone (PSDB), Dr. Eugênio (PSB), Valmir Moretto (Republicanos) e Elizeu Nascimento (PL).

Fonte: ALMT – MT

COMENTE ABAIXO:
Advertisement

Política MT

Moretto mostra três áreas para construção do Hospital Regional de Pontes e Lacerda e pede agilidade na escolha

Published

on

Na manhã desta quarta-feira (12), durante sessão plenária na Assembleia Legislativa de Mato Grosso, o deputado estadual Valmir Moretto (Republicanos) solicitou o convite ao secretário estadual de Saúde, Gilberto Figueiredo, para definição da área destinada à construção do Hospital Regional de Pontes e Lacerda. Uma das obras mais aguardadas pela população da região Oeste.

Durante seu pronunciamento, o parlamentar reforçou que a indefinição do terreno tem atrasado o início efetivo do projeto e que o momento agora exige decisões concretas por parte da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT).

“Quero aqui primeiramente parabenizar o prefeito Jakson Francisco, por entender que o terreno indicado anteriormente pela prefeitura não era adequado para aquela finalidade que era a construção do hospital. Foi atrás, buscou novas pessoas e essas pessoas doaram um novo terreno, que por sinal, muito bem colocado. O meu objetivo aqui não é discutir terreno A, B ou C. O que eu estou discutindo é localidade, condições e viabilidade. O que precisamos agora é que o secretário defina o local”, afirmou Moretto.

Leia Também:  Comissão de Saúde, realiza quatro audiências públicas nessa semana

O deputado mostrou três áreas atualmente em análise para receber a unidade hospitalar e lembrou que destinou R$ 10 milhões em emenda parlamentar para a aquisição do terreno. Segundo ele, o chamamento público realizado pelo Governo do Estado garantiu transparência e participação de proprietários interessados, mas a definição final precisa acontecer com urgência.

“Estamos falando de uma área que vai atender os próximos 30 ou 40 anos da nossa região. O hospital precisa estar em um local estratégico, acessível e adequado. Já temos excelentes opções, mas o que falta é a decisão do secretário”, reforçou o parlamentar.

Por fim, Valmir Moretto reafirmou seu compromisso com a saúde pública e a transparência na aplicação dos recursos públicos: Esse não é um assunto apenas do deputado Moretto, mas de toda esta Casa e de toda a população do Oeste de Mato Grosso. A saúde precisa avançar, e o hospital regional é uma urgência que não pode mais esperar.”

Moretto solicitou que o secretário Gilberto Figueiredo compareça à Assembleia Legislativa no dia 19 de novembro, às as 9h, na reunião do colégio de líderes da Casa, para esclarecer qual área será escolhida.

Leia Também:  ALMT realiza sessão especial para entrega de honrarias

COMENTE ABAIXO:
Continue Reading

CUIABÁ

VÁRZEA GRANDE

MATO GROSSO

POLÍCIA

MAIS LIDAS DA SEMANA