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Vitória Camily planejava deixar o país para fugir de ameaças do ex

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Vitória Camily Carvalho Silva, de 22 anos, assassinada a tiros pelo ex-namorado Helder Lopes de Araújo, de 23 anos, no bairro Cristo Rei, em Várzea Grande, planejava deixar o Brasil para escapar das ameaças constantes do agressor. Segundo sua irmã, Bruna Gabriely Carvalho Silva, de 21 anos, Vitória havia tirado o passaporte há apenas uma semana e via na mudança de país a única saída para se livrar da perseguição do ex-companheiro.

“O plano dela era ir embora, era a única forma que ela via de se livrar dele”, contou Bruna em entrevista ao jornal A Gazeta.

Vitória foi morta na noite de sábado (15), dia do aniversário da irmã, quando foi até sua casa para uma festa surpresa. Bruna acredita que Helder tenha descoberto sobre a comemoração e esperado a vítima no local. Eles estavam separados havia três meses, após um relacionamento conturbado de um ano e oito meses, marcado por ameaças e tentativas de controle por parte do assassino.

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“Essas idas e vindas eram justamente porque ele a ameaçava, ameaçava a gente, e ela tinha medo”, relatou Bruna.

Após o crime, Helder fugiu para Rondonópolis, onde foi preso na madrugada de domingo (16), junto com o irmão de 32 anos, enquanto tentavam escapar para o Mato Grosso do Sul. Ao ser capturado, ele tentou justificar o assassinato alegando que Vitória teria realizado um aborto, versão que não foi confirmada pela polícia.

Feminicídio premeditado

Vitória foi atingida por cinco disparos na cabeça e no tórax. O criminoso ainda tentou matar uma amiga da jovem, mas a arma falhou. Em sua fuga, Helder chegou a trocar de carro para tentar despistar as investigações e descartou a arma no rio Cuiabá.

Este é pelo menos o sexto caso de feminicídio registrado em Mato Grosso em 2025.

Família nega aborto

A família de Vitória desmentiu a versão do feminicida sobre um suposto aborto. “Isso tudo é invenção dele para ser bem-aceito dentro da cadeia”, afirmou Bruna.

Mãe de duas crianças, Vitória nunca teria cogitado interromper uma gestação, segundo seus familiares. O delegado responsável pelo caso, Nilson Farias, também descartou essa hipótese e afirmou que todas as circunstâncias do crime estão sendo investigadas.

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O histórico criminal de Helder inclui passagens por tráfico de drogas. No boletim de ocorrência, o assassino admitiu ser membro de uma facção criminosa e disse ter cometido o crime por não aceitar o término do relacionamento.

Nas redes sociais, amigas da vítima compartilharam prints de conversas em que Vitória relatava as ameaças do ex-namorado, reforçando que ela vivia com medo e tentava escapar da perseguição de Helder,

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POLÍCIA

“Facção em MT imita táticas de Pablo Escobar para controlar bairros pobres” diz delegado

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A Operação Acqua Ilícita, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), revelou um esquema de extorsão envolvendo uma facção criminosa que operava em diversas cidades de Mato Grosso, incluindo Cuiabá, Várzea Grande, Nobres e Sinop. Segundo o delegado Hércules Batista Gonçalves, a facção criminosa adotava práticas semelhantes às usadas pela máfia italiana e pelo traficante colombiano Pablo Escobar para conquistar o apoio das comunidades mais pobres da região.

Uma das principais táticas utilizadas pelos criminosos foi a distribuição de cestas básicas para os moradores, além de promover ações como o apoio a clubes de futebol amador em bairros carentes, algo que, em outras investigações da Polícia Civil, já foi identificado como um ponto de influência para a facção. “Esse assistencialismo, infelizmente, coopta muitas pessoas para o lado do crime organizado, dando uma falsa sensação de apoio, enquanto, na verdade, está criando um ambiente propício para o domínio do crime”, afirmou o delegado Hércules Batista Gonçalves.

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De acordo com o chefe do Gaeco, promotor Adriano Roberto Alves, a situação em Cuiabá pode evoluir para o que já ocorre em outras cidades brasileiras, onde as periferias ficam sob o comando de facções criminosas, que acabam controlando serviços essenciais, como a distribuição de água e internet. “A população tem uma falsa percepção dessa ajuda. O crime organiza esses serviços e cobra valores altos dos moradores, como a cobrança extra para a entrega da água ou da internet, prejudicando ainda mais as comunidades”, explicou Alves.

A investigação revelou que, além de forçar os comerciantes a venderem água mineral distribuída pela facção, os criminosos também impunham uma taxa adicional de R$ 1 por unidade vendida, o que resultou em lucros mensais de aproximadamente R$ 1,5 milhão. Esse esquema de extorsão, somado às ações de assistencialismo criminoso, cria um ambiente onde a facção ganha poder e proteção, dificultando o combate ao crime.

A operação, que segue em andamento, é uma tentativa de desmantelar o esquema e reduzir o impacto do crime organizado na vida dos cidadãos de Mato Grosso. As autoridades alertam para a importância de combater não apenas o tráfico de drogas e extorsões, mas também o assistencialismo criminoso, que, embora pareça inofensivo, é uma das formas mais eficazes de manipulação das comunidades.

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