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ASSASSINATO CAJAMAR

Pai de Vitória Regina é incluído entre os suspeitos do crime

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A investigação sobre a morte da adolescente Vitória Regina de Sousa ganhou um novo desdobramento: o pai da jovem, Carlos Alberto Souza, foi incluído entre os suspeitos. A Polícia Civil confirmou a informação à CNN e justificou a decisão com base nos mesmos critérios aplicados a outros investigados.

As suspeitas recaem sobre Carlos Alberto devido a diversas contradições em seu depoimento. Um dos pontos que chamou atenção da polícia foi o fato de que, pouco depois da confirmação da morte da filha, ele teria solicitado um terreno ao prefeito de Cajamar, cidade onde ocorreu o crime.

A defesa do pai da vítima, representada pelo advogado Fabio Costa, classificou a inclusão do cliente como “absurda” e afirmou que pretende reverter a situação. Segundo o advogado, Carlos Alberto ainda não prestou depoimento formal à polícia, o que explicaria a falta de informações sobre o dia do desaparecimento da filha. A defesa alega que ele entrou na lista de suspeitos por não ter mencionado que tentou ligar diversas vezes para Vitória no dia do sumiço.

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Além disso, fontes ligadas à polícia indicaram que o comportamento de Carlos Alberto despertou desconfiança, pois ele teria demonstrado “frieza” ao tratar da morte da filha, sem sinais aparentes de emoção.

Outro suspeito tem prisão decretada

Neste sábado (8), a Justiça decretou a prisão preventiva de Maicol Antônio Sales dos Santos, de 27 anos, dono de um Toyota Corolla que teria seguido Vitória antes de seu desaparecimento. A decisão ocorreu após o depoimento da esposa do suspeito, que desmentiu sua versão.

Maicol afirmou que estava em casa com a mulher na noite do crime, mas ela negou, alegando que passou a noite na casa da mãe e só encontrou o marido no dia seguinte. Além disso, vizinhos relataram movimentações suspeitas na residência do suspeito, e seu carro, que costumava ficar estacionado na rua, não foi visto naquela noite.

Maicol tentou justificar a ausência do veículo dizendo que o guardou na garagem, mas essa explicação não convenceu os investigadores. Com os indícios reunidos, a Justiça determinou sua prisão temporária por 30 dias para que a polícia possa aprofundar as investigações.

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POLÍCIA

“Facção em MT imita táticas de Pablo Escobar para controlar bairros pobres” diz delegado

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A Operação Acqua Ilícita, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), revelou um esquema de extorsão envolvendo uma facção criminosa que operava em diversas cidades de Mato Grosso, incluindo Cuiabá, Várzea Grande, Nobres e Sinop. Segundo o delegado Hércules Batista Gonçalves, a facção criminosa adotava práticas semelhantes às usadas pela máfia italiana e pelo traficante colombiano Pablo Escobar para conquistar o apoio das comunidades mais pobres da região.

Uma das principais táticas utilizadas pelos criminosos foi a distribuição de cestas básicas para os moradores, além de promover ações como o apoio a clubes de futebol amador em bairros carentes, algo que, em outras investigações da Polícia Civil, já foi identificado como um ponto de influência para a facção. “Esse assistencialismo, infelizmente, coopta muitas pessoas para o lado do crime organizado, dando uma falsa sensação de apoio, enquanto, na verdade, está criando um ambiente propício para o domínio do crime”, afirmou o delegado Hércules Batista Gonçalves.

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De acordo com o chefe do Gaeco, promotor Adriano Roberto Alves, a situação em Cuiabá pode evoluir para o que já ocorre em outras cidades brasileiras, onde as periferias ficam sob o comando de facções criminosas, que acabam controlando serviços essenciais, como a distribuição de água e internet. “A população tem uma falsa percepção dessa ajuda. O crime organiza esses serviços e cobra valores altos dos moradores, como a cobrança extra para a entrega da água ou da internet, prejudicando ainda mais as comunidades”, explicou Alves.

A investigação revelou que, além de forçar os comerciantes a venderem água mineral distribuída pela facção, os criminosos também impunham uma taxa adicional de R$ 1 por unidade vendida, o que resultou em lucros mensais de aproximadamente R$ 1,5 milhão. Esse esquema de extorsão, somado às ações de assistencialismo criminoso, cria um ambiente onde a facção ganha poder e proteção, dificultando o combate ao crime.

A operação, que segue em andamento, é uma tentativa de desmantelar o esquema e reduzir o impacto do crime organizado na vida dos cidadãos de Mato Grosso. As autoridades alertam para a importância de combater não apenas o tráfico de drogas e extorsões, mas também o assistencialismo criminoso, que, embora pareça inofensivo, é uma das formas mais eficazes de manipulação das comunidades.

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