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Operação da PF mira grupo que distribuía anabolizantes em Mato Grosso

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A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (11) a operação A.D.E. em Cáceres, com o objetivo de combater a distribuição ilegal de anabolizantes no Brasil.

Os agentes cumpriram um mandado de busca e apreensão para obter provas contra uma possível organização criminosa que utilizava a rota Cáceres-Cuiabá para distribuir os produtos ilícitos.

Durante a operação, um homem foi preso em flagrante com aproximadamente 40 caixas de anabolizantes. As investigações continuam para identificar outros envolvidos no esquema.

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“Facção em MT imita táticas de Pablo Escobar para controlar bairros pobres” diz delegado

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A Operação Acqua Ilícita, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), revelou um esquema de extorsão envolvendo uma facção criminosa que operava em diversas cidades de Mato Grosso, incluindo Cuiabá, Várzea Grande, Nobres e Sinop. Segundo o delegado Hércules Batista Gonçalves, a facção criminosa adotava práticas semelhantes às usadas pela máfia italiana e pelo traficante colombiano Pablo Escobar para conquistar o apoio das comunidades mais pobres da região.

Uma das principais táticas utilizadas pelos criminosos foi a distribuição de cestas básicas para os moradores, além de promover ações como o apoio a clubes de futebol amador em bairros carentes, algo que, em outras investigações da Polícia Civil, já foi identificado como um ponto de influência para a facção. “Esse assistencialismo, infelizmente, coopta muitas pessoas para o lado do crime organizado, dando uma falsa sensação de apoio, enquanto, na verdade, está criando um ambiente propício para o domínio do crime”, afirmou o delegado Hércules Batista Gonçalves.

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De acordo com o chefe do Gaeco, promotor Adriano Roberto Alves, a situação em Cuiabá pode evoluir para o que já ocorre em outras cidades brasileiras, onde as periferias ficam sob o comando de facções criminosas, que acabam controlando serviços essenciais, como a distribuição de água e internet. “A população tem uma falsa percepção dessa ajuda. O crime organiza esses serviços e cobra valores altos dos moradores, como a cobrança extra para a entrega da água ou da internet, prejudicando ainda mais as comunidades”, explicou Alves.

A investigação revelou que, além de forçar os comerciantes a venderem água mineral distribuída pela facção, os criminosos também impunham uma taxa adicional de R$ 1 por unidade vendida, o que resultou em lucros mensais de aproximadamente R$ 1,5 milhão. Esse esquema de extorsão, somado às ações de assistencialismo criminoso, cria um ambiente onde a facção ganha poder e proteção, dificultando o combate ao crime.

A operação, que segue em andamento, é uma tentativa de desmantelar o esquema e reduzir o impacto do crime organizado na vida dos cidadãos de Mato Grosso. As autoridades alertam para a importância de combater não apenas o tráfico de drogas e extorsões, mas também o assistencialismo criminoso, que, embora pareça inofensivo, é uma das formas mais eficazes de manipulação das comunidades.

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