CUIABÁ

PRISÃO TEMPORÁRIA

Investigado por homicídio de irmão se entrega à polícia em Arenápolis

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A Polícia Civil de Mato Grosso cumpriu, nesta segunda-feira (10), a prisão temporária de um indígena investigado pelo homicídio do próprio irmão e pela tentativa de homicídio contra outros dois familiares. O crime aconteceu no último sábado, na zona rural de Nova Marilândia, envolvendo membros da mesma família, todos pertencentes à comunidade indígena local.

Durante uma briga familiar, Kelve Zoromara, de 32 anos, foi morto a tiros. Os disparos também atingiram um irmão e um sobrinho do suspeito, que foram socorridos. Após o crime, o autor fugiu.

A investigação da Delegacia de Arenápolis apontou que o crime teve origem em desavenças anteriores entre os envolvidos, agravadas por disputas pelo uso de maquinários agrícolas e ameaças mútuas. Testemunhas relataram que o suspeito chegou ao local em uma motocicleta e abriu fogo contra as vítimas, que estavam em uma caminhonete.

Na manhã de segunda-feira, advogados do investigado procuraram a Polícia Civil em Nortelândia para informar que ele desejava se entregar e prestar esclarecimentos. O delegado Hugon Abdon confirmou a existência de um mandado de prisão temporária expedido contra ele, após solicitação da Polícia Civil. Mesmo assim, o suspeito manteve a decisão de se apresentar.

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No período da tarde, equipes da Polícia Civil e da Polícia Militar seguiram até a zona rural de Nova Marilândia para cumprir a prisão. No local combinado, o investigado foi informado sobre o mandado e conduzido à Delegacia de Arenápolis, onde o cumprimento da prisão foi formalizado.

As investigações continuam para esclarecer todos os detalhes do crime e determinar as responsabilidades legais.

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POLÍCIA

“Facção em MT imita táticas de Pablo Escobar para controlar bairros pobres” diz delegado

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A Operação Acqua Ilícita, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), revelou um esquema de extorsão envolvendo uma facção criminosa que operava em diversas cidades de Mato Grosso, incluindo Cuiabá, Várzea Grande, Nobres e Sinop. Segundo o delegado Hércules Batista Gonçalves, a facção criminosa adotava práticas semelhantes às usadas pela máfia italiana e pelo traficante colombiano Pablo Escobar para conquistar o apoio das comunidades mais pobres da região.

Uma das principais táticas utilizadas pelos criminosos foi a distribuição de cestas básicas para os moradores, além de promover ações como o apoio a clubes de futebol amador em bairros carentes, algo que, em outras investigações da Polícia Civil, já foi identificado como um ponto de influência para a facção. “Esse assistencialismo, infelizmente, coopta muitas pessoas para o lado do crime organizado, dando uma falsa sensação de apoio, enquanto, na verdade, está criando um ambiente propício para o domínio do crime”, afirmou o delegado Hércules Batista Gonçalves.

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De acordo com o chefe do Gaeco, promotor Adriano Roberto Alves, a situação em Cuiabá pode evoluir para o que já ocorre em outras cidades brasileiras, onde as periferias ficam sob o comando de facções criminosas, que acabam controlando serviços essenciais, como a distribuição de água e internet. “A população tem uma falsa percepção dessa ajuda. O crime organiza esses serviços e cobra valores altos dos moradores, como a cobrança extra para a entrega da água ou da internet, prejudicando ainda mais as comunidades”, explicou Alves.

A investigação revelou que, além de forçar os comerciantes a venderem água mineral distribuída pela facção, os criminosos também impunham uma taxa adicional de R$ 1 por unidade vendida, o que resultou em lucros mensais de aproximadamente R$ 1,5 milhão. Esse esquema de extorsão, somado às ações de assistencialismo criminoso, cria um ambiente onde a facção ganha poder e proteção, dificultando o combate ao crime.

A operação, que segue em andamento, é uma tentativa de desmantelar o esquema e reduzir o impacto do crime organizado na vida dos cidadãos de Mato Grosso. As autoridades alertam para a importância de combater não apenas o tráfico de drogas e extorsões, mas também o assistencialismo criminoso, que, embora pareça inofensivo, é uma das formas mais eficazes de manipulação das comunidades.

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