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Assassinato de Vitória Camily: delegado apura motivação do crime

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Helder Lopes de Araújo, de 23 anos, afirmou à polícia, na manhã deste domingo (16), que assassinou sua ex-namorada, Vitória Camily Carvalho Silva, de 22 anos, por acreditar que ela havia realizado um aborto de um filho do casal. A declaração foi feita durante depoimento na Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Cuiabá.

O criminoso, que se identifica como membro de uma facção criminosa, foi preso durante a madrugada em Rondonópolis (a 218 km de Cuiabá), ao lado do irmão de 32 anos, enquanto ambos tentavam fugir para o Mato Grosso do Sul. Inicialmente, ao ser capturado, Helder alegou que cometeu o crime porque não aceitava o fim do relacionamento.

Na delegacia, entretanto, ele mudou sua versão e afirmou que matou Vitória por causa do suposto aborto. “Ela matou meu filho. Ela abortou meu filho. Como que não é motivo? E se fosse seu filho? Você não faria o mesmo? Ela abortou com seis meses. Ela tomou remédio para abortar a criança. Ela matou, eu descobri, fui e matei ela”, disse o assassino.

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O delegado responsável pelo caso, Nilson Farias, informou que testemunhas confirmaram que Vitória ficou grávida do suspeito no ano passado, mas perdeu o bebê em decorrência de um aborto espontâneo. Com a divergência nas versões apresentadas, a motivação do crime segue sob investigação.

 

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“Facção em MT imita táticas de Pablo Escobar para controlar bairros pobres” diz delegado

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A Operação Acqua Ilícita, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), revelou um esquema de extorsão envolvendo uma facção criminosa que operava em diversas cidades de Mato Grosso, incluindo Cuiabá, Várzea Grande, Nobres e Sinop. Segundo o delegado Hércules Batista Gonçalves, a facção criminosa adotava práticas semelhantes às usadas pela máfia italiana e pelo traficante colombiano Pablo Escobar para conquistar o apoio das comunidades mais pobres da região.

Uma das principais táticas utilizadas pelos criminosos foi a distribuição de cestas básicas para os moradores, além de promover ações como o apoio a clubes de futebol amador em bairros carentes, algo que, em outras investigações da Polícia Civil, já foi identificado como um ponto de influência para a facção. “Esse assistencialismo, infelizmente, coopta muitas pessoas para o lado do crime organizado, dando uma falsa sensação de apoio, enquanto, na verdade, está criando um ambiente propício para o domínio do crime”, afirmou o delegado Hércules Batista Gonçalves.

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De acordo com o chefe do Gaeco, promotor Adriano Roberto Alves, a situação em Cuiabá pode evoluir para o que já ocorre em outras cidades brasileiras, onde as periferias ficam sob o comando de facções criminosas, que acabam controlando serviços essenciais, como a distribuição de água e internet. “A população tem uma falsa percepção dessa ajuda. O crime organiza esses serviços e cobra valores altos dos moradores, como a cobrança extra para a entrega da água ou da internet, prejudicando ainda mais as comunidades”, explicou Alves.

A investigação revelou que, além de forçar os comerciantes a venderem água mineral distribuída pela facção, os criminosos também impunham uma taxa adicional de R$ 1 por unidade vendida, o que resultou em lucros mensais de aproximadamente R$ 1,5 milhão. Esse esquema de extorsão, somado às ações de assistencialismo criminoso, cria um ambiente onde a facção ganha poder e proteção, dificultando o combate ao crime.

A operação, que segue em andamento, é uma tentativa de desmantelar o esquema e reduzir o impacto do crime organizado na vida dos cidadãos de Mato Grosso. As autoridades alertam para a importância de combater não apenas o tráfico de drogas e extorsões, mas também o assistencialismo criminoso, que, embora pareça inofensivo, é uma das formas mais eficazes de manipulação das comunidades.

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