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LIVRO DAS MORTES

Escritora cuiabana lança livro que se inspira em personalidades das artes de MT

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A escritora, jornalista e produtora cultural Mirella Duarte estreia na literatura impressa com o lançamento de O Livro das Mortes, obra escrita entre os anos de 2018 e 2023, com o olhar aguçado sobre a vulnerabilidade humana.

O livro traz textos inéditos e ganhou repercussão após a conquista do primeiro lugar entre escritores independentes que se inscreveram no Concurso Literário da Favela Literária em 2024, que aconteceu durante a ExpoFavela Mato Grosso. A obra já está disponível para a pré-venda (link no fim da matéria).

Entre os contos e crônicas, estão presentes na obra inspirações de personagens reais, como artistas plásticos que fizeram história na capital Mato-grossense. Alguns deles são Benedito Nunes, Regina Pena, Adir Sodré e Capucine Picicaroli, personalidades que foram entrevistadas por Mirella em sua trajetória como jornalista cultural. Os contos são marcados por coragem, medo, criatividade e reinvenção: sentimentos que moldaram a sensibilidade da escritora para essa publicação.

O lançamento é uma prévia literária da obra completa, mas também uma cápsula do tempo que leva até o próximo livro, que tem a mesma narrativa, mas com uma experiência mais detalhada. “O Livro das Mortes é um registro do que também é oculto, mas precisa ser vivido em processos”, descreve.

A publicação da obra é uma parceria entre Umanos Editora, CUFA-MT e ExpoFavela MT. A ideia é que o concurso passe a acontecer em todo país, ao revelar novos talentos da literatura brasileira.

Um livro para ler e se expressar
Entre as páginas do livro, o leitor encontrará não apenas contos e crônicas, mas espaços de pausa, que podem ser usados para colorir. “Assim como a morte, o livro tem silêncio. Isso permite a reflexão sobre o tema. Dar cor às emoções de cada capítulo faz parte de um processo muito instintivo, mas que também conecta o leitor aos pensamentos dos personagens”, defende.

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Mirella conta que deixar as páginas para colorir foi algo que também nasceu da rotina com seu filho Caio, que a convida em diferentes momentos do dia para pintar. Foi assim que a autora percebeu um hábito que já não tinha há muito tempo. Quando mais jovem, ela ainda comenta que foi aluna de Benedito Nunes, pessoa mencionada anteriormente como um dos personagens que a inspirou na escrita dos contos. “Me lembrei, inúmeras vezes, que durante as entrevistas que me inspiraram a escrita dos contos, os personagens estavam também pintando enquanto conversavam comigo”, frisa.

Para a autora, O Livro das Mortes não é sobre os fins que as pessoas puderam ou podem vir a ter, mas no que elas expressaram antes desse longo e definitivo silêncio, que é a morte. “A memória faz parte dessa essência, e nem sempre ela é uma palavra dita ou escrita, mas é uma sensação. Boa parte do tempo, nossa mente carrega mais sentido do que o verbo.

Quando compreendemos uma mensagem, navegamos muito mais em nós mesmos do que no outro. Por isso a pausa é tão importante, porque até diálogos precisam de pausa, silêncio e reflexão. O livro tem pausas de texto, mas não de sentido”, acredita.

Neste sentido, ela defende. “Sim, boa parte de nós não somos artistas plásticos e nem precisamos considerar essa possibilidade. Por vezes, nos sentimos até infantis. Quando, talvez, esse pequeno gesto pode ser valioso, afinal é legítimo se dar o direito de uma pausa”, descreve.

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Além disso, criar uma interação entre as próprias páginas, é como incentivar que essa reflexões seja contínua, sem interferências digitais ou quebras desse prazer que é de estar junto com um livro, independente da página que esteja aberta. “Pode ser no verbo ou entre as ilustrações, o importante é que esteja vivendo a experiência”, pontua.

O lançamento do Livro será na sexta-feira (14), no espaço Livre Livro do Goiabeiras Shopping.

Sobre a autora

Mirella Duarte é jornalista, produtora cultural e escritora. Atuou como repórter por mais de dez anos em diferentes veículos de comunicação digitais e impressos de Mato Grosso. É também uma das idealizadoras do guia cultural Cuiabá Tem, além de assessora de comunicação há quinze anos, com clientes com destaque em cultura, diversidade, esporte e meio ambiente. Em sua pesquisa, inclui trabalhos audiovisuais, entre roteiros, pesquisas e direção em séries documentais.

O Livro das Mortes é sua primeira obra impressa, que terá sequência em sua publicação em 2027. Além destas obras, a autora deve lançar o livro O Portal, ainda em processo de editoração, que é um relato sobre a história de Mato Grosso, ancestralidade, espiritualidade e maternidade. Entre suas principais inspirações literárias, a autora menciona Carolina Maria de Jesus, Machado de Assis, Fernando Pessoa, Manoel de Barros e Carlos Drummond de Andrade.

Serviço
Lançamento da obra O Livro das Mortes

Data: sexta-feira (14), de novembro de 2025
Local: Espaço Livre Livro, térreo do Goiabeiras Shopping
Venda: https://mirelladuarte.eco.br/livro/

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Saiba como recuperar dinheiro após golpe do Pix; confira passo a passo

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O Pix revolucionou a forma como os brasileiros fazem pagamentos, eliminando filas, boletos e a necessidade de carregar dinheiro. Mas a praticidade também abriu espaço para golpes cada vez mais sofisticados, usados pelo crime organizado para enganar vítimas e explorar falhas de segurança. Enquanto os criminosos evoluem, muitos bancos seguem tentando transferir toda a responsabilidade ao consumidor.

No entanto, o entendimento jurídico é claro: quando há engenharia social, vazamento de dados ou falha de segurança, a instituição financeira tem responsabilidade. Essa posição já é reconhecida em nível nacional e aparece em decisões importantes da Justiça de Mato Grosso.

Hoje, os golpistas não precisam mais burlar sistemas bancários. Eles enganam pessoas, ligam usando nome completo, data de nascimento, informações do banco, limite do cartão e até extratos da conta, ou seja, dados obtidos em vazamentos massivos que deveriam ser evitados por empresas e instituições financeiras. Mesmo assim, a resposta padrão do banco costuma ser: “O senhor autorizou o Pix, não podemos fazer nada”.

Contudo, tribunais brasileiros, incluindo o Superior Tribunal de Justiça (STJ) e a Justiça mato-grossense, reconhecem a responsabilidade objetiva dos bancos nesses casos. A lógica é simples: o consumidor não tem condições técnicas de proteger o sistema; o banco tem. E quando falha, responde.

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Quando a vítima age rapidamente após o golpe, as chances de recuperar o dinheiro aumentam. Por isso, seguir esse passo a passo é fundamental: ligar imediatamente para o banco solicitando bloqueio por fraude e usar a expressão “Solicito bloqueio imediato conforme resolução do Banco Central”; anotar protocolo e nome do atendente; registrar boletim de ocorrência online; e abrir reclamação no Banco Central e no Procon. Em Mato Grosso, o Procon estadual facilita o processo com atendimento virtual. Quando o banco resiste mesmo diante da reação rápida do consumidor, a Justiça costuma determinar o ressarcimento.

Além de recuperar o valor do Pix, a vítima pode conseguir indenização quando a instituição financeira nega ajuda diante de fraude evidente, quando há pressão ou ameaça emocional como “o saldo será congelado”, quando o golpe envolve dados vazados ou quando o banco demora injustificadamente no atendimento. Em Mato Grosso, há decisões com indenizações entre R$ 4 mil e R$ 15 mil, dependendo da conduta da instituição financeira.

Para evitar novos golpes, especialistas reforçam orientações simples, mas essenciais: bancos nunca pedem Pix para conta “segura”; códigos enviados por SMS não devem ser compartilhados; ao receber ligação da suposta “central”, o cliente deve desligar e ligar diretamente para o banco; e links enviados por WhatsApp ou SMS não devem ser abertos. Golpes sofisticados não devem gerar vergonha, mas devem ser denunciados.

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A premissa é direta: o consumidor é responsável apenas pelo próprio comportamento, enquanto os bancos controlam o sistema que movimenta bilhões. Se uma instituição financeira lucra com o Pix, deve garantir seguraNça. Se falha, deve pagar. É um direito do consumidor e não um favor.

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