Sábado e domingo tem sertanejo e lambadão na Feira Cuiab’Art
Publicado em
19 de abril de 2025
por
Redaçao
Com uma programação diversificada, que inclui espaço kids, venda de artesanato, valorização das tradições cuiabanas e gastronomia, a Feira Cuiab’Art acontece neste sábado (19) e domingo (20), das 9h às 21h, embalada por música ao vivo.
O final da tarde de sábado será animado com a apresentação da dupla Simone Oliveira e Henrique, das 16h às 19h, com um repertório de sertanejo e lambadão. Já no domingo (20), o cantor Diego Carletti sobe ao palco no mesmo horário, das 16h às 19h, também trazendo sucessos da música sertaneja.
Instalada no Museu do Rio, a Feira Cuiab’Art funcionará excepcionalmente das 9h às 18 h na segunda-feira (21), feriado de Tiradentes.
Além da programação cultural, a organização da feira promove um projeto de prevenção à dengue e à chikungunya na Capital. O público visitante poderá levar sementes de crotalária — planta que produz flores amarelas que atraem libélulas, predadoras naturais das larvas e dos mosquitos adultos do Aedes aegypti.
O evento é organizado e promovido pela Associação Homens e Mulheres de Fibra, por meio do Programa Viva Cuiabá, em parceria com a Prefeitura de Cuiabá, através da Secretaria Municipal de Turismo e Desenvolvimento Econômico (SMTur).
Lindsey Sa fala com os olhos marejados. A emoção não vem só da memória de uma trajetória difícil, mas da certeza de que seu trabalho e de toda equipe — construído com fé, persistência e coletividade — tem transformado realidades. Produtora da Lavagem das Escadarias do Rosário desde sua criação, ela comemora a chegada da 9ª edição com a mesma energia de quem começou ontem, mas com a segurança de quem sabe que o evento já é parte viva da história de Cuiabá.
“Esse ano a gente está preparando um evento maior”, conta. “A 9ª edição traz pra nós uma segurança efetivada, de que realmente fazemos parte do contexto cultural, até emocional. A gente batalhou muito por isso. É um resgate.” Mais que uma caminhada simbólica, a Lavagem é um movimento de reconexão com as raízes negras da cidade, um chamado pela paz, uma celebração da diversidade religiosa e uma resistência cultural sustentada por trabalho voluntário e apoio popular.
Sob o tema “Busquemos a Paz”, a edição de 2025 convida a comunidade para uma vivência profunda de espiritualidade e comunhão. “Entendemos que o mundo precisa de paz. E essa paz começa dentro da gente. Se você não está em paz consigo mesmo, como vai ter paz com o próximo?”, reflete Lindisey Sa.
A Lavagem é uma proposta de união e cura — pessoal, coletiva e ancestral.
A programação é extensa, intensa e carregada de simbologia. Começa no dia 1º de junho e se estende por todo o mês, com ensaios, visitas e convites à comunidade. A grande cerimônia tem início às 5h da manhã com um café da manhã para 300 pessoas no MISC (Museu da Imagem e do Som de Cuiabá), seguido da Caminhada da Paz até a Igreja de São Benedito, um espaço de forte simbolismo para a população afrodescendente.
É ali, no coração do Rosário, que acontece a tradicional lavagem das escadarias, com água de cheiro, alfazema e tambores vibrando esperança. A manhã termina com uma grande feijoada para 500 pessoas e apresentações culturais.
A Lavagem não é só festa. É também fé, é resistência, é reexistência. Realizada com a gestão grupo Estratégico, a iniciativa reúne 17 associados e uma diretoria liderada por Regina Oliva. A comissão sacerdotal ecumênica é formada por representantes de diversas religiões de matriz africana, o que reforça o caráter plural e acolhedor do evento.
Lindisey Sa,com sua firmeza doce e fé inabalável, lembra que muito foi feito com pouco. “É um trabalho solidário. Você tem que ir atrás do recurso, construir relação, mostrar seriedade. Eu gosto muito disso que eu faço e faço com muito amor e carinho. E, acima de tudo, com responsabilidade.”
Nascida da luta por espaço, respeito e visibilidade, a Lavagem do Rosário cresceu e se firmou como uma das maiores manifestações culturais e espirituais de Cuiabá. A cada edição, ela reafirma seu compromisso com a cultura popular, a ancestralidade e a paz — a paz que começa dentro e se espalha pelo mundo.
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