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Novembro Azul: cuidar da saúde também é coisa de homem

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Chegou o mês de novembro, e com ele uma campanha muito importante: o Novembro Azul. Quero falar com você, meu amigo do campo, trabalhador, produtor, peão, caminhoneiro, homem simples que acorda cedo e enfrenta o sol quente para garantir o sustento da família.

Sei que, muitas vezes, o homem deixa o cuidado com a saúde para depois. A gente costuma achar que é forte, que nada vai acontecer. Mas o tempo e a experiência mostram que prevenir é o melhor caminho, ainda mais neste mês, que chama atenção para a saúde do homem, especialmente para a prevenção e o diagnóstico do câncer de próstata.

O câncer de próstata é uma doença que atinge muitos homens, principalmente depois dos 50 anos. E quanto mais cedo ele for descoberto, maior é a chance de cura.

O exame é rápido, simples e pode salvar a sua vida. Não há motivo para vergonha. Vergonha é deixar a família desamparada por não ter se cuidado a tempo.

No campo, o homem enfrenta a chuva, o sol, o barro e o peso da lida. Mas é preciso também enfrentar o medo de ir ao médico. Esse gesto de coragem é um ato de amor, amor por si mesmo, pela esposa, pelos filhos e por todos que dependem de você.

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Neste novembro azul, deixo aqui o meu apelo: procure o posto de saúde, converse com o médico, faça seus exames. Cuidar da saúde é um ato de responsabilidade e de fé na vida. Que cada homem do nosso querido oeste de Mato Grosso possa lembrar que ser forte também é se cuidar.

Vamos juntos vencer o preconceito e espalhar essa mensagem: homem que se cuida vive mais e vive melhor.

Sou Valmir Moretto, deputado estadual, apaixonado pelo Oeste de Mato Grosso.

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Previdência Social: direito, responsabilidade e o futuro do país

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A Previdência Social dos servidores públicos brasileiros ocupa um lugar central no debate sobre Estado, equilíbrio fiscal e proteção social. Diferentemente do regime geral, que atende a maior parte dos trabalhadores da iniciativa privada, o Regime Próprio de Previdência Social (RPPS) possui regras específicas, uma trajetória marcada por sucessivas reformas e um papel estratégico dentro do funcionalismo. Compreender seu funcionamento e seus desafios é fundamental para qualquer cidadão que deseje entender como o país organiza o futuro de quem trabalha para o Estado.

Por muitos anos, o regime próprio foi associado a benefícios mais vantajosos do que aqueles oferecidos pelo INSS, especialmente por permitir aposentadorias integrais, com paridade e reajustes vinculados aos servidores ativos. Essa lógica, porém, começou a mudar significativamente a partir da década de 1990, quando o crescimento das despesas previdenciárias passou a pressionar o orçamento público. Desde então, reformas constitucionais, especialmente as de 2003, 2013 e 2019, transformaram profundamente o sistema.

Hoje, o servidor público ingressa em um cenário muito diferente daquele de duas ou três décadas atrás. A regra geral já não garante automaticamente integralidade e paridade; o teto do INSS tornou-se um limitador para boa parte dos vínculos; e a previdência complementar, com entidades fechadas como a Funpresp, passou a ser um componente indispensável no planejamento previdenciário. Em outras palavras, o regime deixou de representar uma garantia de benefícios superiores e aproximou-se do modelo vigente para os trabalhadores da iniciativa privada.

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Ainda assim, o debate sobre equilíbrio financeiro e atuarial permanece urgente. Municípios, estados e a União enfrentam o desafio de financiar aposentadorias e pensões em um contexto de aumento da longevidade, menor reposição de servidores e histórico de contribuições insuficientes por parte de muitos entes federativos. As reformas locais, algumas já implementadas, outras em discussão, revelam a dimensão do problema: sem ajustes, muitos RPPS podem se tornar inviáveis.

No entanto, é importante lembrar que a previdência do servidor não é apenas uma questão fiscal. Trata-se também de uma política de valorização profissional e de reconhecimento a carreiras essenciais ao funcionamento do Estado. Quando um servidor planeja seu futuro, ele não analisa apenas números; ele reflete sobre décadas dedicadas à educação, à segurança, à saúde, ao sistema de justiça e à manutenção das políticas públicas.

Por isso, um modelo previdenciário eficiente e sustentável não pode ser pensado apenas como instrumento de contenção de gastos, mas como parte de um pacto social. É essencial assegurar previsibilidade, estabilidade das regras, transparência nos cálculos e incentivo para que cada servidor compreenda sua situação previdenciária desde o início da carreira. A complexidade das normas atuais, embora tecnicamente justificada, ainda distancia muitos trabalhadores do entendimento pleno sobre seus próprios direitos.

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O desafio, então, é conciliar dois objetivos: proteger o servidor e equilibrar as contas públicas. Sempre que uma reforma é proposta, surge tensão entre essas duas dimensões. No entanto, o propósito não é retirar direitos, mas garantir que eles existam daqui a 10, 20 ou 30 anos. Um sistema insustentável não protege ninguém; um sistema justo, claro e financeiramente responsável é a única forma de assegurar que a previdência cumpra sua função social.

A previdência no serviço público está em transformação, e essa transformação exige diálogo. Trata-se de um tema que demanda responsabilidade técnica, maturidade política e, acima de tudo, compreensão da sociedade. O Brasil só terá uma previdência forte quando conseguir equilibrar compromisso social e viabilidade fiscal. Esse equilíbrio depende tanto das decisões do Estado quanto da participação ativa dos servidores na construção de seu próprio futuro previdenciário.

Por Elaine Siqueira,
Técnica de Controle Externo – TCE/MT
Previdenciarista RPPS
Autora do livro A Previdência Que Ninguém Ensinou

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